quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Vão me julgar


Eu sei lá.
Só que eu não vejo graça em saber o nome de todas as lojas de roupa e sapato do shopping.
Quando preciso de alguma coisa, vou naquela de sempre (a mais barata, de preferencia) e compro.
Também não aprecio me debruçar sobre o leque de cores dos batons de uma loja e escolher a cor da moda que combina com a minha pele... quando eu quiser uma cor diferente (pode ser azul) eu dou um jeito de ficar do jeito que gosto.
Eu gosto de maquiagem e cada dia que passa gosto menos.
Se o preço é eu não ter jeito de menininha, fazer o quê?

E a vida inteira me disseram que os dias mais felizes da minha vida seriam a formatura, o casamento e o nascimento de um filho.
Apesar de não poder comentar sobre o último, tenho criado pontos de vista diferentes sobre esses momentos.
Conseguir terminar um curso de quatro anos é tão recompensador... me ajudou a definir uma boa profissão pra mim e hoje posso dizer que tenho meu próprio dinheiro. Dinheiro esse que é suado e não tenho vontade de gastar numa coisa tão passageira quanto uma festa, desculpa.
Vão-se os brilhos, fica a experiência, as amizades, o conhecimento. Prefiro o ativo permanente.
Quanto ao casamento, porque uma festa fenomenal se o mais importante é tão simples?
Encontrar um amigo, parceiro, um porto é realmente um fato a ser comemorado... mas muito mais especial que a festa e os noivinhos do bolo são os dias que viveremos juntos.
As conquistas do dia a dia, o aprendizado mútuo, essas coisas que Deus dá de graça (e pela graça) pra gente. O amor que sentimos não se define no número de convidados, ou no preço do buffet. Então pra quê tudo isso?

A vida é mais do que a gente publica. É mais do que as fotos e vídeos que postamos nas redes sociais da vida... porque rede vazia não alimenta ninguém.
Na voz do meu Mestre, posso recolher os melhores presentes, encontrar amigos valiosos e sorrisos verdadeiros. Mesmo que eu não seja a mais linda, rica ou glamourosa. Eu sei que tenho o meu valor, porque meu barco está sempre cheio.

Talvez eu esteja certa, não é?