Corria,
ofegante.
Assoprava a fagulha da borracha,
moldava as letras
arrancando a si mesma.
Aquieta-te, menina,
e sente as dores do teu parto,
o filho é teu e pede calma
a tua alma de menina.
Não te escondas,
Não mais finja,
Chegou o tempo de permitir
o teu sentir.
Sente as dores do teu parto,
e escute o ranger da porta
chegou a sua parte torta, que grita:
- Admita que este teu lado também exista!
O teu peso é teu medo
A tua pedra no caminho.
Teu passado, teu fardo,
A consequência é o teu resguardo,
Mas a alma suplica
O relógio implica
A pressa não espera
e tudo ratifica:
Viva, menina,
Olhe a cima
E ai esta a luz que a ilumina.
Nicole Antunes
OBS: ela é top, linda, diva, premiada (premiada mesmo, esta poesia foi publicada e exposta no FLICA 2013), e eu fiquei fã. kk' A poesia me justifica. (Valeu, Ênedy!)
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