Não, mesmo olhando pro céu, mesmo sentindo o arrepio das estações que passam, eu não tenho uma noção natural de como a terra se move e como a lua vai e vem.
Ainda assim aqui, parada, sou obrigada a segurar as náuseas das voltas que dou e que a vida me dá.
Numa rotina de satélites que tenho e do pequeno satélite que sou, por pouco não me perco nessa via láctea de momentos, sentimentos e sensações que me movem e me tornam.
As voltas do dia-a-dia, todos iguais, mesmo acordar e dormir, mesmo tic-tac do relógio, mesmo sono.
As demolições e reconstruções que me machucam e me fazem crescer.
Os desencontros, as desavenças, as mágoas e frustrações... e os sorrisos expontaneos que brotam por qualquer motivo, fazendo minha fênix resurgir, insistente.
Tantas voltas e ainda tanto a aprender.
Eu sei quem me move.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
Post Flash: Galáxia Particular.
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