sábado, 24 de agosto de 2013

Chata sem galocha.



A pose de boa moça e fofura plena é puro disfarce, vou logo confessando.
Sou boa moça, sim, mas de um jeito todo meu. As besteiras que penso e falo são só minhas e não é todo mundo que entende. Quando quero irritar, sou ótima! Quando quero ser cínica, melhor ainda. Algumas vezes prefiro fingir que não entendi a ter que esboçar minha opinião, mesmo que isso me custe fazer o papel de boba. Tanto faz, sempre gostei mais de ser vítima a ser vilã. De qualquer forma, não sou uma vítima pacifista. Posso até me dar mal, mas vão me ouvir meu burburinho (e se incomodar bastante com ele). Até porque o verbo "incomodar" é um dos que conjugo melhor. Sou chata, principalmente quando me esforço para isso, e tenho muitas, muitas manhas. É quem sou!

A pose de boa moça e fofura plena não é pura pose, é a minha tentativa de ser melhor.
Porque sei dos meus defeitos e prefiro não os aceitar passivamente. Me esforço para fazer feliz a quem eu amo, e para amá-los da forma que merecem. Tento ser um pouquinho mais parecida com o que a Bíblia me orienta ser, mesmo que não seja das tarefas a mais fácil. Tenho minhas convicções, minhas certezas. Elas que me formam e me direcionam, e me afastar dessa Verdade sempre acaba me custando muito. Mesmo sendo boba, chata, barulhenta, e quase quase insuportável (as vezes minhas reações expõem as bagunças que sinto, quando não consigo disfarçar), lá fundo tudo o que quero é fazer o certo. Não é fácil, talvez estranho, mas é quem eu sou.

(A graça é a dúvida de quem é. Pra mim é só batalha diária mesmo.)