terça-feira, 13 de maio de 2014

Caixa de Entrada (1)



Tem dias em que tudo o que a gente quer é abrir a caixa de email e encontrar uma mensagem nova.
Qualquer coisa além das propagandas automáticas e as rotinas chatas do trabalho.
Alguma coisa que me desperte, por 2 segundos, 2 minutos, 2 horas...
Alguma coisa que me vire de ponta cabeça, mais uma vez. Ou que, sem que eu ainda perceba a necessidade, coloque as coisas de volta no lugar.
Tem dias em que a gente precisa atualizar a página e descobrir que tem uma postagem nova.
Com uma novidade animadora, com um texto inspirador, com uma descoberta oculta que amedronte um pouco - só um pouco.
Ai, esses dias que tudo o que eu espero é um 'sms' curtinho me chamando no celular.
Uma lembrança, brincadeira, demonstração de carinho, aquela palavra particular que só eu entendo.

Mas nesses dias, geralmente, o mundo é mudo.
Nada me espera, nada me busca, nada me desajusta ou me encaixa.
Nas páginas meladas de tédio, eu procuro alguma coisa a ser dita... e me emudeço também.

Engraçado como a gente é reflexo do mundo que reflete a gente.

Porque meu anseio, lá no fundo, é a minha vontade de ser novidade na vida de alguém.
E nem precisa ser alguém novo.
É a voz da minha saudade, do meu carinho, da minha vontade de voltar a ficar junto, mesmo que distante.

Mas e ai, o que eu faço?
Sou eu o email, a postagem, a mensagem, sou eu o meu amor?

Poxa, que vida chata.
Quem dera eu ansear por mais.

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