terça-feira, 28 de junho de 2011

Caroline


                  As coisas andavam tão confusas. Claro que em outros casos haveria o conforto de pensar que qualquer um podia passar por um momento assim, mas absolutamente não tinha como se consolar desse jeito agora. Nunca pensou que por um instante quisesse ter problemas normais – do tipo “que espinha enorme!” ou “minha mãe não quer comprar o vestido perfeito que escolhi para o baile”. Isso parecia um sonho tão distante.
                  Um detalhe. O elixir da salvação que se transformou em maldição eterna. Porque tinha que acontecer justamente com ela?! Nunca foi muito boa em resolver questões pessoais, mesmo sendo capaz de produzir com perfeição milimétrica um evento para mais de 2 mil pessoas. Torturante mesmo era o que se passava em sua mente. Não conseguia parar de ver e rever o filme de terror que sua vida se transformara. Agora as lembranças, que por tanto tempo ficaram obrigatoriamente escondidas, se revelaram com toda a intensidade. Era horrível ver como ela havia conseguido ser ainda mais boba do que imaginava. Que situação ridícula. Tudo sempre esteve lá, diante dela, mas ela nunca passou de uma bonequinha manipulada nas mãos de quem tivesse o mínimo de poder para isso.
                  Se pelo menos essa situação melhorasse alguma coisa. Por alguns segundos procurou no espelho a imagem que os livros retratavam. Tolice. De onde aquela mulher tirou que eles tinham uma beleza fora do normal? A única coisa fora do normal é que ela parecia continuar a mesma, mesmo agora sendo uma aberração. E olhe só como estava pálida! Nunca mais poderia sequer ir a praia ou ao clube... e com certeza não era com medo de parecer um pote de purpurina. Estava presa. Nunca mais poderia ir à escola, ou ao Grill. Nunca mais poderia ter contato com alguém sem ter vontade de... Meu Deus, a forma como se transformava, o seu rosto, aquele desejo... e Matt?! Sua cabeça borbulhava em pensamentos que a faziam chorar. Se antes não tinha noção do que fazer com a própria vida, o que fazer agora que estava tecnicamente morta? Era tudo tão estranho.
                  E aquele recado. Não era capaz de esquecer daquele rosto. Era Elena, claro que era, mas ao mesmo tempo era impossível. Aquela mulher a matou. E fez isso por capricho, para ameaçar os Salvatore. Mas afinal o que eles tinham a ver com isso? Claro que agora sabia o que Damon era, alias tudo o que havia feito com ela. Cretino. Mas o que ele e Stefan tinham a ver com isso? E porque aquela mulher se parecia tanto com Elena? Porque não era Elena... mesmo que fosse uma ótima idéia ela começar a deixar de lado aquele cabelo liso sem graça. Elena nunca seria capaz de agir daquele jeito, tão fria e maldosa.
                  Ainda estava cedo. O festival já havia começado, sem ela. Mas nada a impediria de ir até lá encontrar as respostas. Agora ia além dos seus egoísmos e inseguranças. O jogo havia começado...



OBS: Provavelmente só vai entender esse texto quem assistiu pelo menos a 2ª temporada de TVD. Isso porque o texto foi inspirado na Caroline, a partir do momento em que ela se tornou um dos meus personagens prediletos! E olha que coisa mais linda esse gif dela ai em cima! *-* Sim, eu tentei jogar rpg descrever alguma coisa que estivesse passando na cabecinha dela exatamente nesse momento!


segunda-feira, 27 de junho de 2011

Romanos 8

Nós somos seus filhos, e por isso receberemos as bênçãos que ele guarda para o seu povo, e também receberemos com Cristo aquilo que Deus tem guardado para ele. Porque, se tomamos parte nos sofrimentos de Cristo, também tomaremos parte na sua glória. Eu penso que o que sofremos durante a nossa vida não pode ser comparado, de modo nenhum, com a glória que nos será revelada no futuro.
O Universo todo espera com muita impaciência o momento em que Deus vai revelar o que os seus filhos realmente são. Pois o Universo se tornou inútil, não pela sua própria vontade, mas porque Deus quis que fosse assim.  [...]  E não somente o Universo, mas nós, que temos o Espírito Santo como o primeiro presente que recebemos de Deus, nós também gememos dentro de nós mesmos enquanto esperamos que Deus faça com que sejamos seus filhos e nos liberte completamente.
Pois foi por meio da esperança que fomos salvos. [...] E Deus, que vê o que está dentro do coração, sabe qual é o pensamento do Espírito. Porque o Espírito pede em favor do povo de Deus e pede de acordo com a vontade de Deus. Pois sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles a quem ele chamou de acordo com o seu plano. [...]

Diante de tudo isso, o que mais podemos dizer? Se Deus está do nosso lado, quem poderá nos vencer? Ninguém! Porque ele nem mesmo deixou de entregar o próprio Filho, mas o ofereceu por todos nós! Se ele nos deu o seu Filho, será que não nos dará também todas as coisas?
[...] Então quem pode nos separar do amor de Cristo? Serão os sofrimentos, as dificuldades, a perseguição, a fome, a pobreza, o perigo ou a morte? [...] Em todas essas situações temos a vitória completa por meio daquele que nos amou. Pois eu tenho a certeza de que nada pode nos separar do amor de Deus: nem a morte, nem a vida; nem os anjos, nem outras autoridades ou poderes celestiais; nem o presente, nem o futuro; nem o mundo lá de cima, nem o mundo lá de baixo. Em todo o Universo não há nada que possa nos separar do amor de Deus, que é nosso por meio de Cristo Jesus, o nosso Senhor.

OBS: É claro que eu poderia fazer algum comentário, mas faço minhas as palavras de Paulo: "Diante de tudo isso, o que mais podemos dizer?" (vs. 31)

(Obrigada, Senhor!)

domingo, 26 de junho de 2011

Post Flash - Ideias sobre si

E quem nunca passou por isso...
Ter que conviver com a ideia que os outros fazem de você. Sejam elas boas ou não.
É claro que existem aqueles que tentam se convencer de que isso não importa - os outros que pensem o que quiser. Mas ninguém me convence de que isso é plenamente verdade.
A aceitação é quase uma necessidade. 
Mas não é engraçado?! A menos que a pessoa tenha consciencia de que faz muita besteira, todo mundo faz uma boa ideia sobre si mesmo. Mas mesmo que essa ideia seja genuina, sempre tem alguém - alguém com instinto destruidor - que cria uma imagem ruim de você a ponto de te fazer pensar "Porque, meu Deus?".

Eu sei, não se deve viver em função do que os outros pensam de você. Super apoio essa ideia.
Mas as vezes é tão incomodo pensar que tem alguém que acha (e diz) certas coisas falsas sobre você.

Só que então, como tantas outras vezes, eu (re)descubro uma verdade que dá um novo sentido a tudo...

"Eu sei os pensamentos que tenho acerca de vós... pensamentos de paz, e não de mal" (Jr. 29.11)

É, Ele me ama... e sabe, as pessoas que me amam e me conhecem (mesmo não amando e conhecendo tão bem quanto Ele) também sabem quem realmente sou (e continuam me amando). 
Então tudo bem.
Pra quem realmente importa...
Pra quem me faz ser assim como sou...
Eu consigo ser eu mesma. Feliz. 

 

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Glee!

 Eu provavelmente assisti os 10 primeiros capítulos da primeira temporada (eu ultimamente não sou mais assídua a série nenhuma)... e gostei. Claro que não é aquela coisa de "levar tudo pra vida", mas qual seriado realmente é?! Dentre os absurdos que eles ironicamente apresentam, não precisam muitos capítulos para entender qual é a mensagem principal, e a mais valiosa. Encontrar nas diferenças aquilo que nos faz especiais... aceitar, conhecer e respeitar.
Um dia desses eu vi essas citações que tiraram da série e resolvi trazer pra cá. Vê se não é interessante:

"Não é fácil sair da zona de conforto. As pessoas vão acabar com você. Vão dizer que nem devia ter tentado. Mas escutem isso… Não há muita diferença entre um estádio cheio de fãs e um bando de gente te chingando. Ambos estão apenas fazendo barulho. Como encarar isso é com você. Convença-se que estão torcendo por você. Se fizer isso, um dia, eles irão."

"Você deveria saber que lá fora algum garoto vai gostar de você por tudo o que você é. Inclusive as partes que você não gosta. Essas são as partes que ele vai gostar mais."

"O primeiro natal que vocês lembram é o melhor dia de suas vidas. Sua família toda reunida, um monte de presentes, biscoitos. A magia viva e plena! Mas antes que vocês descubram isso, vocês crescem. Trabalho, colégio e namorada te levam, e o Natal não se torna mais do que uma obrigação, uma lembrança do que esta perdido ao invés do que é possível. E todas as árvores e presentes, e até mesmo o visco não podem mudar isso. E então quando vocês chegam na minha idade, vocês ficam tão desesperados para terem a magia de volta, que você faria qualquer pra ser capaz de sentir o que você sentiu no primeiro Natal."

"Não perca o rumo de quem você é , só porque pode ser mais fácil ser outra pessoa."

domingo, 12 de junho de 2011

The end...



"Enquanto não encerramos um capítulo, não podemos partir para o próximo. Por isso é tão importante deixar certas coisas irem embora, soltar, desprender-se. As pessoas precisam entender que ninguém está jogando com cartas marcadas, às vezes ganhamos e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é."
Fernando Pessoa

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Lições Sonoras - We'll Be a Dream (We The Kings e Demi Lovato)


Você se lembra das noites que nós
Ficávamos acordados apenas rindo
Sorrindo durante horas por qualquer coisa
Você se lembra das noites que nós
Dirigíamos por ai, loucos de amor?

Quando as luzes se apagarem
Nós estaremos salvos e seguros
Nós tomaremos controle do mundo
Como se fosse tudo que nós temos pra nos segurarmos
E nós seremos um sonho

Você se lembra das noites que nós
Faziamos nossos caminhos sonhando
Esperando sermos alguém grande?
Nós éramos tão jovens
Estávamos loucos demais de amor

Quando as luzes se apagarem
Nós estaremos salvos e seguros
Nós tomaremos controle do mundo
Como se fosse tudo que nós temos pra nos segurarmos
E nós seremos um sonho

OBS¹: Eu não tenho certeza, mas não acho que seja uma música exatamente romantica. Tá mais pra amizade. Não é como "We Belong Together" né, Ênedy?!

OBS²: Eu tenho alguns motivos pra gostar dessa música...
1. Bem, Demi faz uma participação e, sabe como é, eu gosto tanto dela! :D
2. Eu gosto do clipe também. Ah, quem não gosta dessa coisa de guerra de travesseiros, ainda mais quando Demi passa por entre eles da forma mais 'diva' possivel e desvia de TODOS! É mágico!
3. A música tem essa batida lenta perfeita pra quem não sabe cantar em inglês direito mas morre de vontade como eu.  Como não é tão rápido, dá pra ler e cantar a letra tranquilamente... com o passar do tempo até decora tudo direitinhoo, sem errar nada! Adooro isso!
4. A letra tem essa coisa de fazer a gente lembrar de alguém com quem a gente passou momentos assim... de sonhar junto os sonhos mais malucos! :D Todo mundo tem alguém, né?! eu nem preciso dizer que pra mim esses momentos foram com Ray

OBS³: Estou demorando tanto pra postar no blog porque tenho milhares de postagens inspiradoras na cabeça... um dia eu acordo inspirada para traduzir tudo em palavras, mas por enquanto tá dificil! kk'

quarta-feira, 1 de junho de 2011

No Mundo da Luna





___ Subindo rapidamente as longas escadarias da torre, Luna corria com os cabelos loiros escorrendo pelo rosto e com a capa negra esvoaçando em meio ao movimento. Parecia ansiosa. Desde que chegou a Hogwarts não fora ao lugar de que mais gostava na escola – pelo menos um deles. A menina tinha fascínio por lugares altos e abertos. Mas o Corujal tinha um motivo a mais. Um motivo que piava sem parar lá em cima.
Quando chegou ao topo, ofegante graças a corrida, a menina correu os olhos ao redor do lugar. Várias corujas lhe observavam com os olhos bem abertos e curiosos (algumas pareciam procurar em suas mãos algum petisco). A maioria já a conhecia a muito tempo. Chegou a cariciar a coruja branquinha de Ginny – Você a viu por ai, Lily?” – perguntou ainda olhando para os lados. Mas Lily respondeu apenas com um pio e de repente abriu as longas asas e voou, magestosa.
Luna correu até a janela sem entender, mas logo a expressão de curiosidade deu lugar a um longo sorriso. Lily era linda, de fato. Voava quase sem se mexer, planando no horizonte. Conseguia entender porque a amiga tinha tanto ciúme da coruja de estimação – ai de Rony se atrevesse a mandar alguma correspondência por ela sem permissão.
Mas ela não demorou muito. Pareceu ter dado um volta rápida nos terrenos e retornou. Pousou no batente da janela e deu um pio animado. Luna observou tudo rindo... Lily claramente queria dizer alguma coisa.  – Desculpe, Lily – disse observando a coruja com os olhos quase tão abertos quanto os dela – Ainda não falo corujês... será que algum livro na bibliote... – não conseguiu terminar. Começou a ouvir, lá longe, um barulhinho que lhe era familiar. Correu para a janela e se projetou tanto para a frente que por um instante pareceu que fosse cair. Olhou para todos os lados ainda sem ver o que esperava. Apertou mais os olhos, espreitando qualquer movimento, até que enfim sorriu aliviada.
- Leddy!
Logo uma bolinha cinza de penas fofas passou por ela como uma pequena bala de canhão. Incrível como, apesar de pequena, a corujinha era rápida. Voltou-se para a janela e pousou no batente ao lado de Lily, piando da mesma forma esganiçada de sempre e pulando de euforia. Luna ria solto até que colocou a amiguinha no ombro. E entre bicadas carinhosas, pios de alegria e vôos rasos de animação as três (Lily também entrou na brincadeira) se divertiram por um tempo.
Mas as outras corujas não pareceram gostar da animação fora da calma rotina habitual. Começaram a se mexer inquietas até que Luna entendeu o recado. Despediu-se e seguiu na direção das escadarias. Leddy moveu-se, querendo ir com a dona, mas voltou a seu lugar quando Lily deu um pio de repreensão.
Acenando, Luna deixou a Torre do Corujal. Agora mais feliz que antes.
OBS: Essa foi uma das postagens antigas da Luna que eu achei por aqui... não é uma das melhores, mas foi a que eu achei. E as vezes eu tenho uma saudade dela, sabe?! :D Foi uma boa experiencia. Literária e pessoal também, porque não?!