Carta Confusa.

Escrevi isso simplesmente porque tive vontade (então nada de suposições, por favor) e porque queria MUITO tentar imitar o formato irresistível de texto de Markus Zusak (autor de “A menina que roubava livros”). Eu tentei. Quanto ao conteúdo do texto, foi escrito tão loucamente que depois de reler achei a coisa mais confusa e sem nexo... mas de qualquer forma, aí vai. Uma coisa escrita ao acaso raramente sai com alguma lógica, ainda mais com a cabeça vazia que estou agora. Então quem quiser ler, que se confunda comigo.

             Quantas vezes (tantas) você já me confundiu e me fez pensar que valia a pena arriscar tudo para ficar ao seu lado. Talvez eu simplesmente seja bem mais previsível do que imagino - a menos, é claro, que você tenha sido cruel o suficiente para me conhecer tanto apenas para... Não, de qualquer forma ainda acho que não. Não sou capaz de aceitar que aquelas vezes em que eu te olhava e me via em você foram irreais. Você também sentiu, também quis, mesmo que com tão pouca intensidade.

             Hoje reconheço que algumas vezes me permiti sonhar. Sonhei com o dia em que tudo, magicamente, se tornaria possível e eu pudesse entregar meu coração a você. Realmente em alguns momentos me vi envolta nos teus braços e refugiada no seu sorriso. Aquele sorriso que você fazia quando me via de longe... e quando não haviam distancias que impedissem que estivéssemos juntos. Sempre fui feliz ao seu lado, você sabe disso. Provavelmente minha alegria me entregava. E eu mal fazia questão de contê-la. Você sempre fez tudo certo. E isso eu também devo reconhecer.

- NUMA TARDE QUALQUER -
Um casal de amigos se encontrava para sorrir juntos.
Os olhos dele denunciavam que a música que dedilhava no violão muito mais que uma simples melodia, estava sendo tocada como declaração.
A garota se encantava sem se permitir reagir. Ela estava feliz vendo-o exatamente daquele jeito, e não faria nada para mudar. Eram bons amigos.

             Em nome de tudo o que senti, ainda tento enxergar a situação do seu ponto de vista. Você fez de tudo, eu sei. Lembro da primeira vez que me chamou para sair. Comecei a ser feliz desde o primeiro momento, quando você falava aquelas coisas malucas que me faziam rir. E quando me mostrou sua playlist encantadora e me fez querer roubar seu celular pra mim. Você não sabia, mas eu nunca aceitei sair com um cara que conhecia a tão pouco tempo. Foi a única exceção, a que valeu a pena.  Tão perfeito desde o começo... e por um bom tempo. Mesmo quando deixei claro o medo que sentia e tentei falar em tom de brincadeira que nunca seria capaz de ser alguma coisa além de sua amiga. Medo. Me desculpe, mas era verdade.
              Você não tem culpa de não ver as coisas como eu vejo. De qualquer forma, hoje ao te ver tão perto e ao mesmo tempo tão distante, começo a entender que não estava tão errada. Se ficássemos juntos, do jeito que você queria, provavelmente os problemas poderiam te afogar e te afastar ainda mais de mim. Sei do que estou falando. No começo foi por mim, mas então foi você que passou a importar bem mais. Me desculpe por mais uma vez falar algo que não vai entender, mas acredite em mim - é verdade.
              Um dia aprendi que então amar é “a arte de sentir falta”. Sendo assim, ainda me arrependo de não ter dito “te amo também” quando você pedia (com os olhos). É, você percebia que eu não acreditava quando te ouvia dizer isso. Sempre pensei que amor era alguma coisa incrível e complexa demais para se sentir em tão pouco tempo... mas já entendi. Te amei todas as vezes que lembrava das nossas conversas e das suas promessas não cumpridas. Te amei ao assistir aquele filme e perceber que a trilha sonora era a sua cara. Te amei... e continuo te amando agora, quando escrevo esse texto que nunca irá ler. Eu espero. Nada me entregaria mais...
              De qualquer forma, não pense que estou arrependida.
              Meu amor sempre foi real, e eu o sentia, mesmo que não o reconhecesse. Mas não é desse tipo de amor que me cobrou um dia. Provavelmente é mais forte. Eu sei que seu amor tinha as pernas bambas, e entendo, juro. Ele ainda deve estar ai (eu realmente espero que sim) e vou contar com ele durante um bom tempo. Pra sempre.
              Nunca vou conseguir me chatear, por mais que tente. Você é especial, tão parecido e ao mesmo tempo tão diferente... ainda faz parte de mim.
              E, por favor, ao lembrar dos nossos momentos, se permita acrescentar um pouco mais às recordações. Eu permito, alias, peço encarecidamente. Acrescente aquilo que deveria ter sido dito, e infelizmente não foi. Obrigada.

- LEMBRE-SE DO QUE EU DISSE -
MESMO SEM QUE PUDESSE OUVIR
Eu... te amo.

E.L.

 

OBS: Às pessoas que encontraram alguma lógica no texto, por favor, não fiquem pensando bobagem. Peguei ideias de MILHARES de momentos, não de uma história só. Tirem o foco, ok?! Kkkkkkkkk’

Lá no fundo, mesmo reconhecendo muito pouco, tem alguma parte de mim que ama provocar essa coisa de mistério pra quem lê meus textos (eu pelo menos gosto de me convencer de que eu consigo fazer isso!).