terça-feira, 17 de julho de 2012

Minha estrela



A vi no mesmo dia que contemplei as estrelas pela primeira vez.
A vez em que tive dimensão de sua realidade.
Tão linda, única; tão distante.
Admiraria eternamente, se me permitisse.
Seus olhos, mesmo tão dispersos, me envolviam na áurea de mistério que a cercava.
E como um louco partindo para o desconhecido, me apaixonei.
Ah, se pudesse alcançá-la.
Se pudesse descobrir os segredos a nenhum outro revelado.
Se, por um instante, pudesse sentir o calor do seu brilho, que irradiava e inundava a minha vida.
Eu a amava.
De forma tão intensa e desmedida, que obriguei meu coração a se calar.
Fiz dela o meu sonho mais desejado;
meu desejo mais encabulado;
minha ilusão sem esperanças.
Ainda assim, se fecho os meus olhos, posso encontrá-la.
E ela me olha, e eu me vejo.
Somos um na harmonia de nossas vibrações, e sorrimos.
Alcançamos o céu e o espaço, e nos unimos.
E de olhos abertos, sigo a contemplá-la.
Desenhando ao seu redor a constelação que lhe é digna.
À luz do meu amor, que com o Sol renasce a cada dia.
[...]

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