sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Tempo - por Felipe Valente

 
 
"O anseio do mistério sem nome
Ter o eterno e sentir sua ausência
Lança-nos ao dissabor da falência
Paradoxo brutal que a fé consome
O que nos prende a tal absurda fome?
A distorção da natural essência do tempo vítima
Sem existência, serve ao desejo sem ter quem o dome
Mas a graça única do cordeiro que a altivez humana
Ao pó reduz, uniu-nos com tempo verdadeiro
Pois antes mesmo da formação da luz
À salvar do destino derradeiro
Fez-se o brado: Haja cruz! E houve cruz."
 
Felipe Valente
 

 
OBS: Ele também atende pelo seu nome de verdade: Felipe Gênio de Deus Valente.

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