quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Esses... amores.


"Amar é sempre ser vulnerável. Ame qualquer coisa e certamente seu coração vai doer e talvez se partir. Se quiser ter a certeza de mantê-lo intacto , você não deve entregá-lo á ninguém , nem mesmo a um animal. Envolva o cuidadosamente em seus hobbies e pequenos luxos, evite qualquer envolvimento, guarde o na segurança do esquife de seu egoísmo. Mas nesse esquife – seguro , sem movimento , sem ar - ele vai mudar. Ele não vai se partir – vai tornar se indestrutível, impenetrável , irredimível. A alternativa a uma tragédia ou pelo menos ao risco de uma tragédia é a condenação. O único lugar além do céu onde se pode estar perfeitamente a salvo de todos os riscos e pertubações do amor é o inferno."


C.S.Lewis - em "Os quatro amores"




OBS: É curioso porque me peguei pensando no assunto um dia desses. Essa vulnerabilidade que muitas vezes foge da característica de alguém e então a torna outra pessoa, completamente diferente. Tenho a tendencia malvada de ver o lado negativo disso, mas é porque foi assim em 70% dos casos que já vi. Uma pessoa legal, inteligente, que de repente perde todo o sentido e essência pra se tornar alguém dependente e bobo ("bobo" é exatamente a palavra). Se o relacionamento acaba, ela já não sabe mais quem é. E isso me soa muito, muito ridículo.
Mas se quer saber, os outros 30% me fazem achar que vale a pena. Desde que se tenha sabedoria, pé no chão e principalmente noção suficiente. Saber amar se amando, valorizando o próprio espaço e o espaço do outro. Enxergando os dois como um par mas também como indivíduos. Não tem cara de ser fácil, mais difícil ainda parece saber encontrar exatamente o meio termo...

...mas ainda não estou correndo o risco. Deixa pra quando for.

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