quarta-feira, 7 de março de 2012

Luna.

                A verdade é que quanto mais eu tento crescer, evoluir, amadurecer (chame do que quiser), mais eu me deparo com aquela menininha boba e ingênua de anos atrás. E olhe que fiz quase tudo (dentro dos meus limites próprios) para tentar desfazer essa imagem de mim mesma. Mas eu simplesmente não consigo! Nos últimos feed backs que fizeram de mim, tive a impressão de que continuavam falando daquela mesma garota. Apesar dos meus esforços, e de tudo que pensei ter mudado, eu continuei sendo eu.
                Olhando as fotos antigas, me lembrei de como era tudo antes. Silenciosa, meio sem assunto, tinha poucas palavras na boca, mas um mundo de ideias na cabeça. Sempre tive amigos imaginários, talvez por que com eles as coisas aconteciam. Me achava divertida sozinha. Pensando bem eu podia parecer um pouquinho estranha. Comia quieta, pelas beiradas, mas era ótima para inventar histórias. É, ainda sou. Em algumas delas até eu mesma acredito. De repente ainda confundo realidade de fantasia e isso explicaria algumas coisas.
                Hoje... bem, ainda me acham esquisita. Mas pela primeira vez acho que começaram a me achar bonita também, o que minimiza as coisas (e para ser bem sincera complica também). Ainda pouco sociável, aprendi a sorrir, pelo menos. Aos conhecidos sou bem simpática, até que percebam o quanto posso acabar sendo estranha. Sempre acaba assim. Fiquei bem menos criativa, confesso, mas ainda confundo as coisas (e isso é péssimo quando você passa a lidar com situações como a TPM). Aderi à filosofia da espontaneidade, falo e faço sempre o que tenho vontade, mas ainda assim tomo cuidado de fazer somente o que é bom pra mim. E isso contribui para que me achem mais esquisita ainda.
                Mas meu maior avanço foram eles, meus amigos. Porque me conhecem e – o melhor de tudo – me aceitam assim mesmo. Parece meio clichê, mas foi realmente uma conquista. Só Deus sabe o quanto custou acha-los. Eles abriram uma portinha nova... acho que acabo descarregando a parte mais maluca neles, então sobra pouco para que os outros se escandalizem. O que seria de mim...
Sem o amor. É o que vem me movimentando, me transformando, dando sentido. Em tudo. Sim, Deus é amor. Posso ver por todos os lados, nem tem como escapar. Amor ao que faço, ao lugar onde estou, aos que me cercam... Obrigada, Senhor.

Tem sido bom, de qualquer forma. :)




OBS: Encontre a Luna nesse texto.

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