domingo, 11 de março de 2012

Soneto do Amor Total

Amo-te tanto, meu amor... não cante
 O humano coração com mais verdade...
 Amo-te como amigo e como amante
 Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
 E te amo além, presente na saudade
 Amo-te, enfim, com grande liberdade
 Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
 De um amor sem mistério e sem virtude
 Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
 É que um dia em teu corpo de repente
 Hei de morrer de amar mais do que pude.

Viníncius de Moraes

OBS: É muito amor... pelos sonetos de Vinicíus. kkkk'

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