segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Nota Explicativa: Acabou.



 Então cheguemos às conclusões um pouco antes do prazo, porque depois de tanto tempo preciso de alguns dias pra me habituar à ideia. 
Novembro chega e me trás toda essa agonia anual.
Não tenho problemas com idade e sou muito feliz com os meus 20 anos, mas ainda assim sou meio destrambelhada para reagir a esses momentos de atenção extrema. É engraçado receber "parabéns" por uma coisa pela qual não tenho mérito algum. Se nasci e consigo sobreviver até hoje, é única e simplesmente porque o Senhor permitiu que assim fosse. Então se a pessoa fica feliz por eu viver um pouco mais, deveria agradecer a Deus por isso, certo?! kkkkkkkk' Mas tudo bem. São condições sociais estabelecidas para uma boa convivência mútua, eu entendo. Entendo e vou continuar me esforçando ao máximo para curtir os cumprimentos... não sei reagir bem à elogios, já falei, mas tenho paixão por pessoas gentis. Então se vale o esforço de vir até mim só pra me dar os cumprimentos, ou realmente se esforça muito para ser (e quem sabe realmente é), ou simplesmente me ama. E as duas opções são válidas! 

Mas essa nem é a parte mais importante.
Nos dois (ou três) últimos anos, meus aniversários foram quase tudo, menos felizes. É, infelizmente os cumprimentos feitos na data estabelecida não funcionaram muito.
Passei muito tempo entorpecida pelos traumas que passei e, como sempre faço, me fechei num casulo fashion e fiz pose de legal. Sorridente, de cabelo arrumado, all star e "feliz" com a vida. Sempre foi mais cômodo, e sempre afastou interrogações alheias.
Mas quem me conhece, e principalmente quem sabe o que eu tive que encarar, sabe muito bem que lá no fundo     escondido naquela maldita gaveta com chave onde eu tranco essas coisas ridículas     eu ainda sofria. E os infelizes dias 30 de novembro eram justamente as datas em que eu me achava no direito de deixar de rir e ser eu mesma. 
Então peço perdão a todos aqueles que me ofereceram sorrisos achando que eu os retribuiria com prazer. Sei que, além de não o fazer, frustei qualquer expectativa de satisfação. Desculpe pelas caretas, pela falta de paciência e pelo desgosto. Mas é que não havia como externar uma festa que não existia dentro de mim... (ainda mais quando eu era pega de surpresa, sem ter tempo de preparar a máscara previamente).
Enfim, declaro o fim disso tudo.

Não das minhas reações ruins às surpresas. Eu ainda preciso aprender a lidar com isso, mas dessa vez vou ficar feliz pelo carinho dos que as prepararem (mas eu acho que pelo menos esse ano eu vou ficar sem... o pessoal deve estar traumatizado ainda kkkkkkkkkk). E os elogios, os parabéns e os "feliz aniversário" serão enfim bem vindos, apesar da minha cara de vergonha e da falta do que responder.
Já faz um tempo que abri mão daquele maldito rancor e, mesmo que dê umas pontinhas de vez em quando, eu quero começar essa idade nova tinindo, nos trinques!

Então faço essa declaração pra mim mesma.
As festas em mim já começaram e são, antes de tudo, muito sinceras.
E não interessa o que aconteceu, acontece ou pode vir a acontecer... não posso me achar no direito de esquecer tudo o que meu Deus fez por mim, e isso merece muito mais que grandes comemorações     merece meu respeito.





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