Você chegou e eu senti, antes de tudo, a agonia daquele encontro.
Te encontrei e procurei reencontrar em você todas as velhas sensações... o sacolejo, o calor, o toque, o cheiro.
Cheguei mais perto. E então não havia mais oxigênio.
Perdi o ar, engoli o fôlego, me perdi num mar difuso... em você.
E todo movimento mexeu com os meus sentidos. Olhei para os lados e desfaleci.
Porque, apesar do que dizem, nunca quis me desnortear ou cair sem me importar com nada.
Meu coração leviano precisa de abrigo, sossego, espaço. Paz.
Sentar num lugar vazio e escutar o barulho que faz lá fora... lá fora, porque por dentro eu tenho meu lugar.
E todas as velhas sensações se enquadram num mesmo quadro, paradoxo e completo.
Onde estou eu, mas não você.
E quando enfim, em liberdade, já sou capaz de me recompor, olho para trás e te vejo partir.
Sem restar sequer saudade. Sem desejar outro fim.
OBS: E essa é a história sobre como eu peguei um ônibus lotado, num horário não habitual, desejando ter pego o outro
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