A lagosta vive tranqüilamente no fundo do mar, protegida pela sua couraça dura e resistente. Mas, dentro da couraça, a lagosta continua a crescer. Ao final de um ano, a sua casa ficou pequena e ela tem de enfrentar um grande dilema: ou permanece dentro da couraça e morre sufocada ou se arrisca sair de lá, abandonando-a, até que seu organismo crie uma nova couraça de proteção, de tamanho maior que lhe servirá de couraça por mais um ano.
Vagando no mar sem a carapaça, a lagosta fica vulnerável aos muitos predadores que se alimentam dela. Mesmo assim, ela sempre prefere sair. Dentro da couraça que se transformou em prisão, ela não tem nenhuma chance. Fora, sim.
Muitas vezes, ao longo da vida nós ficamos prisioneiros das couraças que são os nossos hábitos repetitivos, os condicionamentos alienantes, as situações as quais nos acomodamos, mas que exauridas e desgastadas nada mais têm para nos oferecer.
E acabamos por falta de coragem de mudar, nos acostumando ao tédio de uma vida monótona que, fatalmente, como a velha couraça da lagosta, acabará por nos sufocar. Façamos como a lagosta: troquemos a velha e apertada couraça por uma nova. Mesmo sabendo que, por algum tempo, estaremos desprotegidos ao enfrentarmos uma nova situação.
LARGAR O VELHO E
ABRAÇAR O NOVO É, MUITAS VEZES, A ÚNICA POSSIBILIDADE DE SOBREVIVER.
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