Sabe, antigamente eu costumava dizer que, não importa se foi verdade ou não, se aquela ilusão te rendeu bons momentos, eles ainda serão válidos pela alegria que valeram quando aconteceram.
Ai, depois de um tempo, eu descobri que tinha vivido uma mentira.
É estranho pensar que aquilo tudo não era reciproco. Parecia tão real...
Eu voltei tudo, tentei lembrar as melhores partes. Poxa, foram ótimas. Mas só agora eu sei que por tras de tudo aquilo não havia muita coisa além de "propaganda enganosa".
Decidi então odiar aqueles momentos, bloquea-los na minha mente e no meu coração.
Eu sequer lembrei do que dizia... só fiquei com raiva, e decidir anular aquilo tudo.
Era tudo mentira, não era?
Que fosse.
O tempo passou, a raiva se foi. E ai eu percebi que usei tanta borracha pra nada.
Ainda lembrava com carinho dos bons momentos. Talvez só porque eles tivesse sido bons.
Foram bons, nem que tenham sido só pra mim.
Então voltei a dizer o que dizia antes, com o detalhe de agora saber mesmo o que estava dizendo.
Afinal, entre guardar tristeza e guardar uma boa bagagem oca... me desculpe, mas a bagagem oca é bem mais fácil de levar.
E eu confesso: mesmo que não intencionalmente, disse "eu te amo" pra algumas pessoas que não deveria. Não porque não fossem dignas, de forma alguma, mas porque não era verdade.
Aprendi uma vez que "amar é a arte de sentir falta". Existem pessoas com quem perdi o contato a muito, muito tempo - mas ainda assim sinto as marcas que deixaram em mim. Sinto falta delas.
Hoje estava começando a prever que vou ter que me afastar de uma dessas pessoas... uma dessas que eu realmente amo e que Deus sabe o quanto vou sentir falta. Mas talvez só não seja exatamente recíproco; então o que me resta?
Tenho os meus amores que se provaram eternos, é deles que eu sobrevivo.
E é por eles que estou aqui.
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